DIAS GOMES
(1922-1999)
Alfredo de Freitas
Dias Gomes nasceu em Salvador BA, em 19 de outubro de 1922. Escreveu sua
primeira peça aos 15 anos e em 1942 teve encenada a comédia
"Pé de cabra", sucesso de público e crítica.
A partir de 1944 passou a trabalhar em emissoras de rádio de São
Paulo e do Rio de Janeiro, como autor e diretor. Tornou-se nacionalmente
conhecido em 1960,
quando foi encenado "O pagador de promessas" pelo Teatro Brasileiro
de Comédia, sob direção de Flávio Rangel. A
versão cinematográfica da obra, dirigida por Anselmo Duarte,
conquistou a Palma de Ouro do Festival de Cannes de 1962, além de
outros prêmios nacionais e internacionais. Pressionado pelas limitações
impostas pela censura do regime militar, que vetou vários de seus
textos teatrais, Dias Gomes levou para a televisão suas preocupações
sociais e criou telenovelas que deram ao gênero alto nível
artístico e linguagem própria. Na década de 1960, Dias
Gomes escreveu peças como A invasão (1962), A revolução
dos beatos (1962), O santo inquérito (1966) e O berço do herói
(1976), algumas delas proibidas de ir à cena pela censura. Para a
televisão escreveu, entre outras telenovelas, "Verão
vermelho", "Assim na terra como no céu", "O bem-amado"
e o grande sucesso "Roque Santeiro". Reconhecido como um dos maiores
dramaturgos brasileiros, Dias Gomes voltou ao teatro e escreveu "As
primícias" (1977) e "O rei de Ramos" (1979). Em 1991
tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras.
Faleceu em desastre de automóvel em São Paulo no dia 18 de
maio de 1999.
Dele o Teatro de Amadores
de Pernambuco encenou, a peça de sua autoria "O pagador de promessa",
com direção de Graça Melo, estreando no Teatro de Santa
Isabel, no dia 13 de outubro de 1961 e excursionou a Bahia, terra o autor.
Também de sua autoria foi encenada a comédia "Odorico
o bem amado", com direção de Alfredo de Oliveira, que
subiu à cena no dia 30 de abril de 1969, no Teatro de Santa Isabel.