





Uma tarefa
difícil. Falar sobre Reinaldo de Oliveira é falar do próprio
teatro em Pernambuco. Aos 6 ou 7 anos já pisava num palco do teatro
Infantil fazendo o papel de um dos sete anões. Do anão passou
a Rei, na peça "A princesa Rosalinda". E como Rei continuou
a reinar em todos os palcos onde pisou. Foi o braço direito de Valdemar
de Oliveira, de quem é o filho mais velho, continuador do seu trabalho.
É ator, iluminador, ensaiador, figurinista, cenarista, roteirista,
Diretor Geral do TAP e, se mais não foi, é porque é médico
cirurgião, professor catedrático da Faculdade, presidente de
Rotary, governador de Rotary, Presidente do Conselho Municipal de Cultura
e vice presidente do Conselho Estadual. Membro da Academia Pernambucana de
Letras, jornalista, escritor, autor, musicista e, se sobra tempo, faz parte
do espetáculo da Paixão de Cristo, no Estádio do Santa
Cruz. Tempo é o seu problema. Mesmo assim é só pedir
para uma conferência, uma palestra que ele encontra espaço na
sua agenda lotada e na hora H, chega e domina o ambiente. Uma figura. No palco
tanto faz um lorde, um mendigo, um empregado, um maturo, um bêbado,
um galanteador, um cantor, como é capaz de fazer o espetáculo
"Está lá fora um inspetor" sozinho, como já
o fez, fazendo até o papel do telefone ou alucinando uma platéia
com o espetáculo "Frevo Capoeira e Passo" sem ajuda de ninguém
se virando por todos os lados, imitando uma orquestra, maestro e passista.
Negócio pra doido. Uma de suas especialidades.
Como diretor gosta do trabalho que faz, alias, gosta de tudo que faz e faz
bem. Um danado da gota serena. Um cabra da peste.

Com
sua direção o Teatro de Amadores de Pernambuco levou à cena:
"FREVO, CAPOEIRA E PASSO" de Reinaldo e Fernando de Oliveira, baseado em
livro do mesmo nome de Valdemar de Oliveira, é um espetáculo musical contando
a história do frevo. Uma autêntica orquestra da música pernambucana, com passistas
e muita alegria leva os espectadores as "loucuras" do passo. Nos primeiros espetáculos
em 1974 tinha como responsável pela orquestra o Maestro Guedes Peixoto, contando
nas últimas representações com o Maestro Clovis Pereira. O espetáculo é constantemente
solicitado para congressos e eventos importantes na cidade do Recife, pela autenticidade
que o tema aborda.
"AVE MARIA ... GOOL", do próprio Diretor, foi estreada no Teatro Valdemar
de Oliveira, no dia 25 de novembro de 1978. Contou com assessores de direção
Walter de Oliveira, Dulcinéa de Oliveira e Fernando de Oliveira.
"O INFARTO DE UM OTIMISTA", de Dr. Durval da Rosa Borges. Trata-se de um
monólogo escrito por um médico e foi representado pelo próprio Diretor, que
também é médico. Foi encenado no dia 6 de fevereiro de 1981, no Auditório Benício
Dias, da Fundação Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais.
"ZUZU" de Viriato Correia, com direção Musical do Maestro Clovis Pereira,
subiu à cena no dia 2 de outubro de 1987, no Teatro Valdemar de Oliveira.
"DR. KNOCK" OU "O TRIUNFO DA MEDICINA", de Jules Romain, foi traduzida por
Francisco Pinto. Trata-se da primeira peça encenada pelo Teatro de Amadores
de Pernambuco e levada à cena em 1941. Foi remontada, em festiva comemoração,
no cinqüentenário do TAP, no Teatro Valdemar de Oliveira em abril de 1991.
"SOLTEIRA É QUE EU NÃO FICO", de Gastão Tojeiro, foi levada à cena no dia
11 de junho de 1993, no Teatro Valdemar de Oliveira, com um elenco de estreantes,
atraídos por uma convocação pelos jornais. Como resultado dessa convocação mais
de 300 candidatos se apresentaram, obrigando a um rigoroso sistema de seleção.
Procurando atender o maior número possível de candidatos o Diretor, criou algo
de inusitado, no Teatro Nacional. Fez dois elencos que se revezavam, sem obedecer
a nenhum critério. Quase um sorteio. Resultado dos mais curiosos, pois foi uma
das peças de maior sucesso na época, com o público repetindo o espetáculo para
ver outros atores contracenando na peça. Na direção musical contou com o Maestro
Clovis Pereira.
"SÁBADO, DOMINGO E SEGUNDA" de Eduardo De Fellippo, com tradução de Millôr
Fernandes, foi encenada, pelo Teatro de Amadores de Pernambuco, estreando no
dia 4 de maio de 1966, no Teatro Valdemar de Oliveira.
"BOB BOBETE", opereta de Valdemar de Oliveira, adaptado pelo filho Fernando
de Oliveira, com músicas do autor e de Fernando de Oliveira, foi um dos mais
belos espetáculos do Teatro de Amadores de Pernambuco, em comemoração aos 20
anos do falecimento de Valdemar de Oliveira. Teve a direção musical à cargo
do Maestro Clovis Pereira, cenário e figurinos de Victor Moreira e subiu a cena
no dia 1 de setembro de 1997, no Teatro Valdemar de Oliveira
"VOCÊ PODE SER UM ASSASSINO", de Alfonso Paso, com tradução de Orígenes
Lessa, foi encenada pela primeira vez no dia 18 de agosto de 2000, no Teatro
Valdemar de Oliveira de Oliveira.
"VALDEMAR VIVO", espetáculo em homenagem ao Centenário
do fundador do TAP, Valdemar de Oliveira, organizado e de autoria de Fernando
de Oliveira, com o lançamento e apresentação ao público
da "home page" www.tap.org.br. , abrangendo a vida do seu idealizador
e a própria vida do Teatro de Amadores de Pernambuco. 2 de maio de 2001
no Teatro Valdemar de Oliveira.
"GENINHA 80 ANOS? - NÃO ACREDITO!", de Fernando de Oliveira,
em comemoração aos 80 anos de sua atriz fundadora, Geninha da
Rosa Borges, a quem muito deve o Teatro de Amadores de Pernambuco, pelos inúmeros
exemplos de dedicação e amor, à causa do teatro em Pernambuco.
Em momentos diversos Geninha relembra ao seu grande público sua passagem
pelo palco do TAP. Teatro Valdemar de Oliveira 2002.
Solteira
é que Eu não Fico
Ave
Maria... Gool!
Frevo,
Capoeira e Passo
Bob
Bobete