MEMÓRIA DO TEATRO INFANTIL DE PERNAMBUCO
E SUA LIGAÇÃO COM O TEATRO DE AMADORES DE PERNAMBUCO
"Mandei
certo domingo meus filhos a uma matinée cinematográfica, no
Moderno, do Recife. No dia seguinte, um deles empunhava uma faca para o
outro e andaram em correrias desabaladas, dando tiros de bocas, pelo quintal.
Um era "Sheriff", outro o “bandido”... Nesse dia,
decidi-me a empreender espetáculos para crianças, no Recife."
VALDEMAR
DE OLIVEIRA
Muitos dos atores e atrizes que vieram dar vida à longa existência do Teatro
de Amadores de Pernambuco surgiram do Teatro infantil, criado pelo seu fundador
Valdemar de Oliveira, no tempo em que tinha sob sua responsabilidade o "Grupo
Gente Nossa". O seu amor ao teatro, conjugado com os ideais do seu grande amigo
Samuel Campelo, o levou a criação de um Grupo de Teatro,
 |
GGN
e o pessoal do TSI em torno do busto de Samuel
|
plantada na década de 30
e 40. É, portanto, indiscutivelmente, Valdemar de Oliveira o alicerces, fincados
em nossa cidade, de um teatro sério, honesto e digno.A primeira peça
infantil encenada foi "A Princesa Rosalinda". Subiu
à cena no dia 26 de março de 1939, com direção do
autor Valdemar de Oliveira, tendo como colaboradoras as senhoras
Maria Elisa Viegas de Medeiros, Labis Villaça e Dagmar Beltrão.
Decorridos mais de um ano, precisamente no dia 5 de maio de 1940, revisada,
volta a cartaz “A Princesa Rosalinda”, trazendo
um novo elenco, onde se mesclam os "fundadores" e novatos e que merecem
registro (quadro ao lado). Essa segunda montagem foi enriquecida com diversos
números musicais, cujos arranjos foram da responsabilidade do Maestro
Carlos Diniz, sendo a orquestra regida pelo autor. As marcações
e as coreografias estiveram sob responsabilidade de Walter de Oliveira. A crônica
foi unânime em exaltar o trabalho de Valdemar de Oliveira. "Quem
assistiu anteontem à representação da opereta ‘A
Princesa Rosalinda’, no Santa Isabel, e depois esteve na caixa do teatro,
ao cabo do espetáculo, não pode conter o entusiasmo, um justo
e sincero entusiasmo, ante o que presenciou. É, não resta dúvida,
o coroamento, já, de um ingente trabalho realizado, no Recife, em prol
do teatro infantil", assim se manifesta a Folha da Manhã.
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Samuel
Campello
|
 |
A
Princesa Rosalinda
|
Avó |
Luiza
Oliveira |
1º
Menino |
Reinaldo
de Oliveira |
2º
Menino |
Fernando
de Oliveira |
3º
Menino |
Valdemar
Rodrigues Filho |
Princesa
Rosalinda |
Anita
Dimenstein |
1ª
Dama |
Maria
Auxiliadora Medeiros |
2ª
Dama |
Edmilda
Lopes |
3ª
Dama |
Leornorzinha
Vasconcelos |
4ª
Dama |
Ivanda
Oliveira |
Juanito |
Lenira
Glória Villaça |
Principe
Walter |
Valter
Dimenstein |
Rei |
Rodolfo
Carvalho ( Carvalhinho ) |
1º
Ministro |
José
Aguiar |
1º
Oficial |
Geraldo
Villaça |
2º
Oficial |
Edmir
Lopes |
Tenente
Paulo |
Paulo
Bezerra |
Borboleta |
Ranúsia
Cordeiro Azevedo |
Borboleta |
Norma
Beltrão Xavier |
Borboleta |
Marinete
Morais |
Dançarina |
Maria
Lia Farias |
Cenários
de Mário Munes |
Vale
relacionar os nomes daqueles que se tornaram fundadores do Teatro Infantil
em nossa cidade:
Avó |
Luiza Oliveira |
1º Menino |
Valdemar Rodrigues
Filho |
1ª Menina |
Amparo de Oliveira |
2ª Menina |
Elza Rotman |
Princesa Rosalinda |
Anita Dimenstein |
1ª Dama |
Maria Celeste |
2ª Dama |
Ceres Trindade |
3ª Dama |
Iracema Dias |
4ª Dama |
Cloris Passo |
Fada |
Nair Rotman |
Romeu |
Janice Cantinho Lôbo |
Julieta |
Anneliese Cantinho
Scher |
PríncipeWalter |
Valter Dimenstein |
Juanito |
Luizinha Oliveira |
Rei |
Reinaldo de Oliveira |
Tenente Paulo |
Paulo Bezerra |
1º Oficial |
Romulo Paiva |
2º Oficial |
Clovis Passo |
Dançarina |
Maria Lia Farias |
Cenários
de Alvaro Amorim e Mário Nunes |
A
primeira peça infantil encenada foi "A Princesa Rosalinda". Subiu à cena no
dia 26 de março de 1939, com direção do autor Valdemar de Oliveira, tendo como
colaboradoras as senhoras Maria Elisa Viegas de Medeiros, Labis Villaça e Dagmar
Beltrão. Decorridos mais de um ano, precisamente no dia 5 de maio de 1940, revisada,
volta a cartaz “A Princesa Rosalinda”, trazendo um novo elenco, onde se mesclam
os "fundadores" e novatos e que merecem registro (quadro ao lado). Essa segunda
montagem foi enriquecida com diversos números musicais, cujos arranjos foram
da responsabilidade do Maestro Carlos Diniz, sendo a orquestra regida pelo autor.
As marcações e as coreografias estiveram sob responsabilidade de Walter de Oliveira.
A crônica foi unânime em exaltar o trabalho de Valdemar de Oliveira. "Quem assistiu
anteontem à representação da opereta ‘A Princesa Rosalinda’, no Santa Isabel,
e depois esteve na caixa do teatro, ao cabo do espetáculo, não pode conter o
entusiasmo, um justo e sincero entusiasmo, ante o que presenciou. É, não resta
dúvida, o coroamento, já, de um ingente trabalho realizado, no Recife, em prol
do teatro infantil", assim se manifesta a Folha da Manhã.
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Elenco
de Princesa Rosalinda
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feito pelos meninos e meninas
da sociedade do Recife, com um mínimo possível de participação de adultos. Queria
- e conseguiu - criar uma geração de jovens que viria a ser os responsáveis
pelos destinos do Teatro em nossa cidade. Queria - e conseguiu - dotar a nossa
cidade de um novo público amante do bom teatro e o que, hoje, ainda vemos, é
certo, são frutos da boa semente